Mesmo com pegadinha e revelação de que não há assassino, final de 'Vidas em Jogo' supera antecessora em audiência
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A Record tem bons motivos para comemorar. O aguardado último capítulo de “Vidas em Jogo”fechou com média de 18 pontos e superou sua antecessora, “Ribeirão do Tempo”, que havia terminado com 17. A trama escrita por Cristiane Fridman atingiu picos de 20 pontos, especialmente no momento em que o tão falado mistério do serial killer era resolvido. No mesmo horário, a Globo marcou 19. Para a surpresa geral dos espectadores, não havia assassino. Dados como mortos, personagens como Jorge (Sacha Bali) e Augusta (Denise Del Vecchio) ressurgiram das cinzas e, ao lado dos companheiros de bolão, revelaram que tudo não passou de uma pegadinha. Afim de se livrar de ameaças de assassinato por serem donos de uma fortuna, resolveram fingir que partiram dessa para uma melhor.
Não se pode negar, foi um final surpreendente, especialmente porque as apostas para o homicida giravam em torno de Severino (Paulo César Grande) e Marizete (Betty Lago). A execução, no entanto, foi um tanto quanto atrapalhada. Todos os ganhadores do bolão revelaram o segredo em tom de jogral, um completando a frase do outro, de maneira pouco orgânica, e com diálogos como: “Mas eu vi seu corpo no caixão” e “Era uma máscara trazida dos Estados Unidos. Hollywood tem técnicas bem avançadas” ou “Eu te acompanhei pelos monitores da nossa sala secreta”. Difícil de engolir. Em dado momento, quando o palhaço surgiu, houve quem achasse que tudo fluía para que Marizete fosse a grande assassina. Pode crer-se que, por causa da inesperada doença de Betty Lago, os rumos da trama podem ter sido mudados. Ou não. A atriz, aliás, foi responsável por um dos momentos mais emocionantes do capítulo, quando, de cabelos curtos e mais magra por causa da quimioterapia, discursou sobre pessoas que lutam pela vida. Betty é uma guerreira e vai superar essa batalha. Torcida não falta.
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Entre outros destaques do final, houve a morte de Carlos (André Di Mauro), que, numa tentativa desesperada de tirar Wellington (Ricky Tavares) do vício do crack, fumou a droga e foi parar no hospital. Não resistiu e sua partida tornou-se gatilho para que o jovem se livrasse da dependência. Um fim trágico e um pouco drástico, havemos de convir. “Vidas em Jogo” teve um começo promissor e, por causa de sua longa duração, sofreu para manter o interesse pela história. Merecia um final um pouco mais bem amarrado. Mas é preciso reconhecer o esforço de sua autora em subverter a revelação final.
Fonte: IG/Fernando Oliveira
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