ANÁLISE CRÍTICA DE 'CORDEL ENCANTADO' Convenhamos, “Cordel encantado” é uma novela cheia de riscos. O texto — de Duca Rachid e Thelma Guedes — pode brincar com a fábula, o farsesco e mesmo com a chanchada sem perder de vista o clássico folhetim. Mas a realização são outros 500. Como embarcar nessa brincadeira sem limites evitando o exagero, ou até o ridículo? A esta altura, passadas duas semanas da estreia, já é possível dizer que Ricardo Waddington e Amora Mautner conseguiram achar este caminho. Esta é a mais impressionante produção das 18h já apresentada pela Globo. Primeiro, porque o público tem razão quando diz que “parece cinema”. O diretor de fotografia, Fred Rangel, além de operar a câmera F35 (também usada em “Passione” e “Insensato coração”), lança mão de um expediente que permite “ampliar a latitude”. Nas palavras dele: “A câmera aumenta a capacidade de enxergar ao mesmo tempo as altas luzes e as baixas, sem deformar a imagem”. O olho leigo percebe isso. E tanto na F