Abertura de Cordel Encantado
A nova novela das seis da Rede Globo, Cordel Encantado, num clima de enorme expectativa. Isso se explica pelo fato da novela ter sido gravada em 24 quadros por segundos, o que proporcionou imagens que parecem de cinema. Com essa novela, a Globo testa a reação do público a essa nova linguagem, além da transmissão em HD. Se for bem sucedida, as outras novelas da emissora também serão transmitidas assim.
Cordel Encantado conta a história de uma rainha vinda de uma fictícia cidade europeia que foge de possíveis assassinos no sertão do Brasil. Na fuga ela deixa sua filha com um casal de moradores do local. Anos depois o pai da menina, o rei, volta para procurá-la. Há também a história de amor entre a menina e um dos filhos do casal. É nessa mistura de temas, o ilusório mundo da realeza com o cruel mundo real, que o título e a abertura da novela se baseiam.
A abertura mostra, obviamente, ilustrações como as que são feitas em literatura de cordel, produzidas através da técnica de xilogravura, com traços mais duros e usando apenas uma cor. Mas ao invés de apenas mostrar um passeio pelas páginas de uma revista de cordel, a abertura fez referência a outro tipo de literatura, livros pop-up, em que ao se desdobrar uma página, uma ilustração “pula” do livro. Dessa forma, a vinheta traduz literalmente o nome da novela, já que as ilustrações ganham vida, ficam encantadas.
Apesar de ser muito bem acabada, a abertura ficou literal demais e não explorou como poderia o fator “encantamento” ao qual o título se propõe. Poderia ter havido mais ousadia na forma como as ilustrações aparecem ou até mesmo na própria tradução, usando captação de atores com maquiagens e roupas especiais.
A entrada do logotipo, algo sempre problemático nas novelas da Globo, foi bem resolvida. Ele entra com um elemento do cenário, sem corte seco e com a linguagem de toda a abertura.
O maior problema da abertura está no fato de ela se parecer muito com os teasers lançados para promovê-la, assim como aconteceu com a novela das sete Morde & Assopra. Nas duas peças o que se viu foi um resumo da história contado através de ilustrações em xilogravura que saltam do plano bidimensional para o tridimensional, igual à abertura. Mesmo que as semelhanças façam com que se construa uma identidade de divulgação da novela, fica a sensação de que houve preguiça na produção do trabalho. Comparando os teasers e a abertura não conseguimos estabelecer a importância dessa última. Ou seja, ela não nos surpreende ou acrescenta alguma emoção. É só uma versão estendida com créditos.
De toda forma, Cordel Encantado tem uma abertura mais agradável aos olhos do que as mais recentes novelas.
Maria Césaria é presa
No escritório do Palácio do Governo, Prefeito Patácio (Marcos Caruso) abre a gaveta e não encontra o dinheiro doado por Rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia). Ternurinha (Zezé Polessa) logo vai para a cozinha e acusa Maria Cesária (Lucy Ramos) de roubo. “Devolva agora o dinheiro que você nos roubou! Devolva ou eu chamo a polícia! Ladra, larápia, gatuna! É o que você é!”, grita a primeira-dama. “Não sei de que dinheiro a senhora está falando! Eu não roubei nada!”, defende-se a moça, desesperada.
Efigênia (Berta Loran) e Lady Carlota (Luana Martau) escutam a gritaria e entram afoitas na cozinha. A rainha-mãe sugere que tudo não tenha passado de um mal entendido. “Fique calma, querida. Assim que meu filho chegar, tudo ficará esclarecido”, diz a majestade, abraçando Maria Cesária.
Mesmo com os pedidos de Efigênia para esperarem o rei, Batoré (Osmar Prado) leva a cozinheira para a delegacia. No depoimento, Ternurinha e Patácio afirmam que Cesária foi a única pessoa a entrar no escritório para limpar o tapete depois que eles guardaram o dinheiro. Chorando, a cozinheira é levada para a cela.
Será que Maria Cesária conseguirá provar sua inocência?
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