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"Olhar a SIC"
por: João Rodrigo
No passado Sábado à noite, a SIC emitiu o último episódio de “Rosa Fogo”, a telenovela escrita por Patrícia Muller que durante meses foi vista pelos espectadores. Eu já aqui tinha feito a minha avaliação geral da novela, e inclusive deixei algumas críticas menos positivas sobre a história protagonizada por Rogério Samora, Cláudia Vieira e Ângelo Rodrigues. Mas no geral, também disse que o saldo era positivo, que apesar de tudo, foi uma boa novela que a SIC teve e a SP Televisão produziu.
No entanto, ao assistir ao último episódio fiquei completamente indignado. Simplesmente aquilo que vi, considero que foi uma porcaria. Podre, irreal, mal construído e fantasioso, é assim que descrevo o final da novela que vi. Nunca me lembro de ter visto um desfecho duma telenovela tão mal feito e sem chegar a conclusões nenhumas, nem consequências.
Pior, aquilo que eu assisti, acho que foi gozar com os espectadores que durante meses seguidos acompanharam a história que tratou até de temas bem sérios, ou seja, não se tratava de uma novela fantasiosa e cheia de ilusões. Teve violência doméstica, cancro, alzheimer, e outros temas bem sérios, para além de também ter o lado de comédia, que esse sim tinha por vezes alguma fantasia e irrealidade ou exagero, mas em ficção pode ter o seu espaço.
Mas o final que apresentaram para “Rosa Fogo”, na minha opinião, não se adequou em nada com a novela. O final do vilão José da Maia foi patético, com um sugamento pela terra abaixo completamente irreal, e depois ele aparece vivo a sorrir nos últimos segundos da novela??? Afinal que castigo teve? Qual foi o seu fim? Eu não entendi. Depois, os crimes de Joana (Soraia Chaves) e Lara Gomes (Ana Nave) também ficaram sem resolução e sem serem descobertos, tal como o do Diogo (José Fidalgo).
Depois o Estevão estava com os dedos partidos e andou ali como se nada fosse… E como é que a Catarina grávida levou a Maria para aquela casa abandonada? No fim a Catarina morreu porquê? Dum parto natural? Tudo isto ficou sem explicação credível. Houve um fenómeno que também não entendi… A novela não avançou no tempo, não disse… 2 ou 4 ou 9 meses depois… Porém, apareceram bebés de todos os lados! Um mistério.
Mas como se ainda não bastasse isto tudo, o desfecho foi completamente mau até ao fim, quando supostamente apareceu o filho da Gilda, vivo, que tinha sido morto logo no início da novela pelo José da Maia e atirado pelas cataratas abaixo juntamente com aquela água toda. Então afinal como é que ele não morreu? E onde esteve a novela toda? Porque só apareceu no final? Qual foi a reação da mãe ao reencontro? E porque não se viu a cara do filho da Gilda? Esta, eu sei a resposta! O ator que deu vida ao Horácio foi o Joaquim de Almeida, que fez a participação especial no princípio, mas agora já não estava disponível, ou não quis voltar a participar na novela. Então para isto, eu pergunto porque é que não escolheram outro ator que pudesse estar disponível para fazer o papel até ao fim??? Quiseram ter o Joaquim de Almeida para fazerem esta figura triste?!
Por estes motivos todos, e por tudo aquilo que vi do último episódio de “Rosa Fogo”, penso que a telenovela teve um final impróprio, e não merecia tal coisa. De salientar que a indignação e perplexidade dos espectadores fez-se sentir principalmente na página do Facebook da novela da SIC, assim como também na página oficial da autora Patrícia Muller igualmente no Facebook, em que choveram comentários negativos e de protesto contra o final apresentado.
É verdade que o final de “Rosa Fogo” foi o mais visto da história das novelas nacionais da SIC, e isso foi um beneficio agora. Porém, no futuro pode ser um prejuízo, porque, falando por mim, não tenciono ver mais nenhuma telenovela escrita por esta autora, Patrícia Muller.
Concorda com a minha opinião? Apresente também a sua!
Fonte: SIC Blog/João Rodrigo
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