Luiz Sebastião Sandoval presidiu o Grupo Silvio Santos por 28 anos. Sabia? Você não está sozinho se nunca ouvir falar ou se não conhece a cara do executivo. Poucos conglomerados de empresas são tão associados à figura do dono como este, criado por Silvio Santos.
Em “Aprendi Fazendo” (Geração Editorial, 224 págs., R$ 29,90), recém-lançado, Sandoval se esforça para deixar registrado no papel a sua contribuição ao grupo.
O executivo deixou a empresa no ano passado, dois meses depois da quebra do banco PanAmericano. Segundo seu relato, por se recusar a colocar em prática uma série de cortes de despesas decididos pelo patrão.
Ao final do livro, Sandoval reproduz um bilhete assinado por Senor Abravanel, que o elogia como “brilhante e eficiente” e classifica a quebra do banco como “inexplicável”.
Muito contido, o executivo faz poucas revelações ou mesmo avaliações mais incisivas. Uma rara passagem polêmica do livro diz respeito à perda da vice-liderança, posição que o SBT orgulhava manter, para a Record, em 2009.
“A administração da empresa não avaliou adequadamente o crescimento da Rede Record, impulsionado pelo ‘caminhão’ de dinheiro da Igreja Universal do Reino de Deus”, escreve.
Qual é a conclusão que Sandoval tira desse episódio? “Para a administração, as forças que exercem maior influência sobre as organizações vêm de fora delas, não de dentro”. Só isso?
A Record, que pertencia a Silvio Santos e à família Machado de Carvalho, foi vendida a Edir Macedo, via intermediários, em 1989. O executivo não acrescenta nenhuma informação já conhecida sobre este negócio, mas conta uma boa história sobre algo que aconteceu antes.
Quando a emissora foi colocada à venda, vários candidatos apareceram. Sandoval relata que o negócio foi praticamente fechado com Nascimento Brito, então proprietário do “Jornal do Brasil”, e João Havelange. Um cheque no valor equivalente a US$ 1 milhão foi pago como sinal.
Ao se reunirem com Silvio Santos, Nascimento Brito e Havelange ouviram dele próprio que estavam fazendo um mau negócio pois a emissora estava na iminência de quebrar. “Os compradores ficaram perplexos diante do Silvio, que continuava a convencê-los a desistir do negócio. Com o cheque em mãos, ele propôs rasgá-lo e pôr fim no negócio”.
As novidades de “Aprendi Fazendo” se encerram aí. É um livro decepcionante vindo de alguém que esteve tão próximo, e por tanto tempo, de um dos principais protagonistas da televisão no Brasil.
Para o administrador de empresas, as dicas e leituras sugeridas pelo ex-presidente do Grupo SS são banais. Para o historiador ou para o fã de Silvio Santos, as memórias do executivo acrescentam pouco ao que já se sabe sobre o “Homem do Baú”.
Em “Aprendi Fazendo” (Geração Editorial, 224 págs., R$ 29,90), recém-lançado, Sandoval se esforça para deixar registrado no papel a sua contribuição ao grupo.
O executivo deixou a empresa no ano passado, dois meses depois da quebra do banco PanAmericano. Segundo seu relato, por se recusar a colocar em prática uma série de cortes de despesas decididos pelo patrão.
Ao final do livro, Sandoval reproduz um bilhete assinado por Senor Abravanel, que o elogia como “brilhante e eficiente” e classifica a quebra do banco como “inexplicável”.
Muito contido, o executivo faz poucas revelações ou mesmo avaliações mais incisivas. Uma rara passagem polêmica do livro diz respeito à perda da vice-liderança, posição que o SBT orgulhava manter, para a Record, em 2009.
“A administração da empresa não avaliou adequadamente o crescimento da Rede Record, impulsionado pelo ‘caminhão’ de dinheiro da Igreja Universal do Reino de Deus”, escreve.
Qual é a conclusão que Sandoval tira desse episódio? “Para a administração, as forças que exercem maior influência sobre as organizações vêm de fora delas, não de dentro”. Só isso?
A Record, que pertencia a Silvio Santos e à família Machado de Carvalho, foi vendida a Edir Macedo, via intermediários, em 1989. O executivo não acrescenta nenhuma informação já conhecida sobre este negócio, mas conta uma boa história sobre algo que aconteceu antes.
Quando a emissora foi colocada à venda, vários candidatos apareceram. Sandoval relata que o negócio foi praticamente fechado com Nascimento Brito, então proprietário do “Jornal do Brasil”, e João Havelange. Um cheque no valor equivalente a US$ 1 milhão foi pago como sinal.
Ao se reunirem com Silvio Santos, Nascimento Brito e Havelange ouviram dele próprio que estavam fazendo um mau negócio pois a emissora estava na iminência de quebrar. “Os compradores ficaram perplexos diante do Silvio, que continuava a convencê-los a desistir do negócio. Com o cheque em mãos, ele propôs rasgá-lo e pôr fim no negócio”.
As novidades de “Aprendi Fazendo” se encerram aí. É um livro decepcionante vindo de alguém que esteve tão próximo, e por tanto tempo, de um dos principais protagonistas da televisão no Brasil.
Para o administrador de empresas, as dicas e leituras sugeridas pelo ex-presidente do Grupo SS são banais. Para o historiador ou para o fã de Silvio Santos, as memórias do executivo acrescentam pouco ao que já se sabe sobre o “Homem do Baú”.
ADTV
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