Subiu para 116 o número de mortos no naufrágio do navio Bulgaria no domingo, no Rio Volga da Rússia, anunciou nesta terça-feira o comitê responsável por investigar o caso. Um comunicado aponta que haviam 192 pessoas a bordo do cruzeiro: 23 membros da tripulação, com quatro familiares, 15 membros da equipe de bordo e dois familiares, além de 148 passageiros. Mergulhadores seguem em busca de mais vítimas, muitas delas crianças.
O comitê a empresa responsável pela embarcação de negligência e abriu investigação criminal para apurar as causas do acidente. "O desrespeito da operadora do barco pelas normas de segurança provocou a morte dessas pessoas", afirma a mesma nota. A diretora-geral da ArgoRetchTour, Svetlana Iniakina, e um funcionário do serviço russo de navegação fluvial, Iakov Ivachov, foram presos. Ambos podem ser condenados a uma pena de até 10 anos de prisão pelo desrespeito às normas de segurança.
Afogamentos - Dois dias após a tragédia, a Sociedade de Resgate em Água (Vosvod, em russo) divulga um balanço dos afogamentos no país, que aponta a morte de quase 900 pessoas em pouco mais de um mês de temporada de verão. "Entre 25 de maio e 1º de julho, 887 pessoas morreram na Rússia. Cerca de 10% dos mortos eram crianças - 90 pessoas", afirmou uma nota da Vosvod, citada pela agência russa Interfax.
As equipes de resgate consideram que uma das principais causas de tantos afogamentos no verão é a falta de locais habilitados para o banho, competência das autoridades municipais. Outras causas são a forma física dos afogados, o fato de muitos não saberem nadar, o consumo de bebidas alcoólicas antes do banho e a irresponsabilidade dos pais na hora de garantir a segurança de seus filhos. No mesmo período, foram resgatadas 120 pessoas em 49 regiões da Rússia.
Comentários
Enviar um comentário