A nova versão de O Astro, que a Globo estreia em 12 de julho, dará um tratamento mais forte a temas que foram abordados de forma quase implícita no original de Janete Clair, exibido em 1977.
Personagem de Henri Castelli, Felipe será responsável por dois desses temas. Além de bissexual, ele será viciado em cocaína.
Essas características já estavam na versão original, em que Felipe foi interpretado por Edwin Luisi. Mas de forma muito sutil, só perceptível por iniciados - nos anos 1970, era proibido novela ter personagem gay.
No novo O Astro, Felipe continuará sendo amante de Clô (Regina Duarte), mulher de Salomão Ayala (Daniel Filho), mas vai gostar mesmo é do melhor amigo, o cabeleireiro Henri (João Baldasserini). Nesta semana, eles gravaram cena em uma praia em que já demonstraram um certo afeto.
O novo Felipe vai escancarar sua relação com as drogas. Ele irá cheirar cocaína na frente do pai, Pirilo (Celso Frateschi).
Na versão de 1977, Felipe foi o assassino de Salomão Ayala.
Entretanto, tudo leva a crer que não será Henri Castelli o assassino dessa nova versão. A direção da Globo estuda mudar o desfecho de alguns personagens para manter o clímax.
A ideia de mudar o assassino é defendida pelo autor da nova versão, Alcides Nogueira. “A macrossérie revisita a obra original com ares contemporâneos ao texto dos anos 1970. Não mexeremos nos pilares de Janete Clair, que são fantásticos”, afirma.
Por causa do conteúdo da macrossérie, que ficará no ar até outubro, a Globo tomou a iniciativa de classificá-la como imprópria para menores de 16 anos, inadequada antes das 22h.
Na última semana, a Globo classificou a macrossérie junto ao Ministério da Justiça, como imprópria para 16 anos, já prevendo os temas que serão abordados.
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